Do encontro entre duas paixões mundiais – cinema e futebol – nasceu o Cinefoot, festival de filmes sobre o esporte mais popular do planeta. O evento foi sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo e estendeu seu jogo para todas as cidades sede da Copa das Confederações FIFA, como atividade do calendário paralelo ao torneio.
O Cinefoot Tour teve Salvador como sede entre os dias 26 e 29 de junho 2014, justamente no período entre o início das semifinais e a disputa do terceiro lugar, que aconteceu na Arena Fonte Nova, no dia 30. Sendo as sessões sempre noturnas, sem nunca chocar com as partidas.
A mostra baiana, com produção local realizada pela Obá Cacauê Produções, teve quatro filmes de longa-metragem e 12 de curta-metragens, num programa, que reuniu alguns dos maiores sucessos das quatro edições do festival Cinefoot já realizadas.
Homenagens
Ex-jogadores dos dois principais times da capital, Bahia e Vitória, foram homenageados em todas as sessões. Eles assistiram aos filmes com o público, que teve acesso inteiramente gratuito, mediante retirada de ingressos no guichê do Espaço Itaú Glauber Rocha, complexo de salas, localizado na Praça Castro Alves, que sediou o Cinefoot Tour em Salvador.
Especialmente para a edição baiana o Cinefoot Tour prestou homenagens ao Bahia e ao Vitória. Este último com ex-craques homenageados na sessão de O Gringo, fita do diretor sérvio Darko Bajic, que fala de seu compatriota Dejan Petkovic, que iniciou a sua trajetória no Brasil jogando no Vitória.
O Bahia também teve seu dia de glória no festival com a reapresentação do filme Bahêa Minha Vida, de Márcio Cavalcante, em noite que contou com a presença de ex-craques de três gerações do “tricolor de aço”.
Filmes
Entre os destaques da programação, alguns filmes muito premiados mundo afora, como o documentário francês Os Rebeldes do Futebol, obra dirigida pela dupla Gilles Rof e Gilles Perez.
O filme traz o craque Eric Cantona como mestre de cerimônia, contando os feitos cidadãos, realizações fora dos gramados de cinco jogadores: Mekloufi, Pasic, Caszely, Didier Drogba e o brasileiro Sócrates. Foi atração da noite de abertura, no dia 26, juntamente com um curta-metragem que conta a origem do uniforme canarinho da Seleção Brasileira.
A sessão de encerramento, no dia 29 de junho, contou com a exibição dos dois filmes vencedores da última edição do Festival Cinefoot, no Rio de Janeiro, no mês de maio.
Um deles foi Memórias de Chumbo, do jornalista Lúcio de Castro, que evidencia a relação entre o futebol e as ditaduras na América Latina. O outro filme foi o curta Três no Tri, de Eduardo Souza Lima, que examina a fotografia que virou símbolo do Brasil tricampeão na Copa de 1970. O fotógrafo, que fez a imagem que correu o mundo, conta a história do seu feito.